Este trabalho teVE como objetivo comparar a influência dos processos de soldagem TIG (GTAW) e soldagem com eletrodo revestido (SMAW), em uma tubulação sendo resfriada com a passagem de fluido, o que caracteriza a soldagem em operação. Os aportes térmicos de soldagem para cada processo de soldagem foram avaliados. A soldagem foi realizada na parede externa do tubo API 5L Gr. X65 – CE: 0,41% e com espessura de 7,10 (0,280”), simulando o “amanteigamento” (enchimento com solda). Água potável na temperatura ambiente, em torno de 20,4 ºC, foi utilizada como fluido de resfriamento. A temperatura interna do tubo e a taxa de resfriamento foram monitoradas. Ensaios não destrutivos (inspeção visual e líquido penetrante), ensaios destrutivos (tração e dureza) e análise macrográfica e micrográfica, realizados nos 4 trechos de “amanteigamento”, serviram de base para a avaliação. Os resultados mostraram que a possibilidade de perfuração e vazamento de fluido durante a soldagem em operação não ocorreu, pois a temperatura na parede interna do tubo ficou muito abaixo da temperatura estabelecida por norma (980 °C de acordo com PRCI R2269-01R – Final Report). No entanto, a zona de fusão (ZF) e zona termicamente afetada (ZTA) tiveram maior penetração no processo SMAW. Não foi observado o aparecimento de fases frágeis devido ao resfriamento rápido (estrutura martensítica), porém o resfriamento causado pelo fluido provocou o aumento da dureza na ZF e ZTA, e ainda reduziu o alongamento no ensaio de tração. Este aumento ficou mais evidente no processo de soldagem com Eletrodo Revestido. Pelos resultados apresentados e de acordo com os aportes térmicos (HI – Heat Input) empregados (HI TIG ≈ HI SMAW) é possível verificar que o processo de soldagem SMAW oferece maior risco de perfuração.