Calibraςão de Normas de Perfis Formados a Frio

Abstract

As estruturas devem oferecer segurança e boas condições de utilização. Segurança significa que a estrutura não irá se romper ou falhar, durante sua vida útil, de modo que a integridade da vida de seus usuários seja obtida, ou ainda provocar um grande prejuízo econômico. Além de oferecer essas condições, as estruturas devem ser otimizadas quanto a seus custos, pois a obtenção daquelas condições sem esta preocupação é mais simples de ser atingido. Para facilitar a solução deste problema foram criadas normas de projeto que tem por objetivo regulamentar o dimensionamento de estruturas e componentes estruturais de tal forma a garantir a segurança, utilidade e economia. Brandão (2007) apresentou anteriormente um estudo da segurança de barras e ligações de perfis formados a frio. Os objetivos daquele estudo foram a avaliação do índice de confiabilidade, para diversas relações ação permanente/ação variável, bem como, comparar os valores encontrados considerando diversas combinações de ações. Em seguida, para um índice de confiabilidade alvo, foram determinados os coeficientes de ponderação da resistência. Os dados experimentais e a metodologia foram os mesmos utilizados na calibração da norma AISI-LRFD (1991). Neste trabalho será adotada a metodologia apresentada no sentido de realizar o processo de calibração da norma brasileira de perfis formados a frio. Anteriormente, foram utilizados os dados estatísticos apresentados em Hsiao (1989), sem qualquer atualização, levando-se em conta apenas a norma AISI (2001), mesmo nos estudos onde a combinação de ações de outras normas estava presente. Este trabalho propõe um procedimento para a calibração da norma brasileira NBR 14762, sendo utilizados alguns dos ensaios de perfis formados a frio citados por Hsiao (1989), mas foram incorporados outros resultados, para a definição dos parâmetros estatísticos da resistência, ou seja, média e coeficiente de variação da relação entre a resistência determinada experimentalmente e a resistência teórica, baseada nas fórmulas da norma brasileira.